quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Obreiro

 Do decimo quarto andar, recostado no parapeito da janela,  Bento se põe a perguntar. As árvores, coitadas, fazem malabarismo para caberem entre prédios.O solo sem saber se é selva ou se pedra. No entremeio, as   ruas recortadas e mal traçadas como a palma da mão. Seria a semelhança mais uma vez extrapolando o entendimento?
E o que dizer dos carros nas recortadas ruas,   Parecem brinquedos num chão desenhado. Engana o aparentar inofensivo.
É mato brotando do asfalto, é o  arrancar  o coro da terra até marcar território. Afinal,  não é para isto que dedicamos a  existência?
E o que dizer dos estouros e explosões da cidade lembrando cenário de guerra. Mas o homem finge não se importar, Está munido com sua  tarja preta, agora nada mais o aflige. No domingo,  pensa descansar. Enfim, a primeira impressão é a que fica,  Deus descansou no domingo.



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