Adinha já contava seus sete anos de idade e já tinha uma porção de coisas para fazer. Ia para
escola pela manhã, a tarde para as aulas de inglês, a noite para o balé além de fazer o para casa e brincar com seus amiguinhos no condomínio onde
morava.
Mas, na cabeça de Adinha
havia uma preocupação; ela acreditava que o mundo era uma enorme caixa e que os
dias e as noites eram imensos panos coloridos colocados por um gigante. Adinha
não se conformava por nunca acertar a hora em que o gigante chegava para trocar
as cores do pano. E, todos os dias, ela se perguntava - Será que este gigante
não tem outros panos para fechar e abrir a caixa do mundo? - Todo dia a mesma
coisa! - E, além do mais, o pano da noite já está tão vellhinho, cheio de furinhos
que daqui de baixo dá pra ver a luz dos buraquinhos do pano.
A menina acreditava que as
estrelas eram os furinhos do pano velho do gigante. Ás vezes ela tentava chegar até a janela para quando o gigante chegasse, o surpreendesse com a boca na butija! Mas, isso nunca aconteceu.
O tempo foi passando e
Adinha foi ficando cada vez mais sabida e se esqueceu do gigante. Mas o que ela não contava é que em seus sonhos continuava fazendo perguntas sobre a caixa do mundo e procurando respostas que agora, eram mais importantes para ela.
Bem, não poderei saber se a curiosidade da pequena a fará se lembrar de quando era criança, mas espero que o
espírito curioso de Adinha apareça novamente, com novas histórias , talvez nos meus sonhos e
prometo que as contarei para vocês.